sexta-feira, 13 de junho de 2008
In Bruges
fa buloso. É verdade, esta película é simplesmente hilariante e fantástica. Á uns tempos que um filme não me fazia sentir como este me fez sentir.Destapei gargalhadas como já não destapava á alguns meses e diverti-me que nem um moço pequeno numa loja de gomas. E aconteceu-me uma coisa que também já não me acontecia á muito tempo, que foi ver uma cena e voltar para trás para a rever. Já agora, estou-me a referir á cena do jantar entre Ray e Chloe. Depois digam-me se esta cena não é simplesmente brilhante.
A acção passa-se, como o titulo indica, em Bruges, que fica na Bélgica, como o Colin Farrell exclama no inicio. É uma cidade medieval extremamente turística, para onde dois assassinos profissionais interpretados por Brendan Gleeson e Colin Farrell são enviados para se manterem escondidos após um golpe em Londres ter dado para o torto.
É sem dúvida alguma, o melhor papel do Colin Farrel em tempos. Ele consegue criar uma personagem que é ao mesmo tempo gabarolas, melancólico, triste e fascinante. Eu sou grande fã deste actor, que é capaz do melhor e do pior. Felizmente para o público, neste filme ele trouxe o seu jogo de cintura todo e compôs o retrato de um assassino profissional inesquecível. Aliás, só ele era capaz de cantar a canção do bandido á sua pretendida sobre anões, isso mesmo, anões e safar-se á grande e á francesa. No papel do outro assassino profissional, compincha de Ray, temos Brendan Gleeson; e que fantástico actor que este senhor é. Ele consegue transmitir através do seu olhar pesado e angustiado, todo o cansaço emocional que esta personagem carrega. Este senhor sempre me deu ares de ser do género "Metes-te comigo e levas um rotativo á cyborg", mas cheira-me que na vida real deve ser um porreiraço. Temos ainda o grande Ralph Fiennes no papel do patrão dos nossos dois artistas. Ele interpreta uma personagem má como as cobras, mas vê-se perfeitamente que o senhor Fiennes está-se a divertir á grande neste papel e está como um peixe dentro de água. Mas a grande surpresa, para mim foi a actriz Clémence Poésy, no papel de amada do senhor Farrell.
A dinâmica entre o senhor Farrell e o senhor Gleeson é extraordinária, tendo pequenos momentos de pura beleza, ora seja a conversar sobre trivialidades ou a discutir a cultura da cidade. Os diálogos são, na minha opinião, o melhor do filme, fazendo lembrar um pouco a escrita de David Mamet. Mas não pensem que este filme é uma comédia fofinha e alegre com um final feliz, pelo contrário, tem uma componente negra e bastante retorcida, que faz os espectadores sentirem-se por vezes um pouco desconfortáveis, o que para mim é a essência desta pequena pérola e onde reside o seu brilhantismo. E só sei que depois de ver este filme fiquei com uma enorme vontade de visitar Bruges, que fica na Bélgica. Fiquem então com o trailer. Beijinhos, abraços e muitos palhaços.
P.S: Canção do bandido significa conversa de engate.
P.S1: Rotativo á cyborg, é um termo utilizado por mim e pelo meu circulo de amigos, referindo-se ao filme Cyborg de 1989 protagonizado pelo senhor Van Damme, em que existe uma cena onde o senhor Van Damme está á porrada com um bandido e de repente destapa um pontapé rotativo, onde uma pequena lâmina sai da sua bota rasgando a jugular do bandido. Foi uma cena que me ficou na memória quando eu era petiz, e daí o nascimento desta expressão. Resumindo e concluindo, quando eu era rapazola, era um bocado artolas.
Video on Fire#1
Album: A Land for Renegades, 2008
Video Track: Drive this Road until Death sets You Free
History: Os franceses ZZ apresentam-nos aqui, uma fabulosa homenagem a John Carpenter, e ao épico de terror The Thing, através de GI-Joes brilhantemente manipulados em stop-motion, em cenários detalhados, e num trabalho de câmara notável. A trama é desenrolada ao som dos viciantes ZZ, que têm como fontes de inspiração, além dos filmes de terror de 1970´s, Suicide, Neu!, Add N To X , num som experimental, dinâmico, perturbador, cativante e halucinogénico!
Wonderboys
Aos 21 anos, o prodígio Inglês Benga (Beni Adejumo), já anda dentro da cena dubstep desde o início da sua efervescência, à coisa de 5 anos atrás, sendo amigo próximo doutro cavalo de batalha do mesmo género, Skream! Contudo, e ao contrário do companheiro, tem sabido esperar pela oportunidade (preferindo nos últimos tempos as quatro paredes do estúdio), e acalmia do histerismo em volta do dubstep, para lançar, em redor de imensa expectativa, o seu primeiro trabalho. A escolha do mesmo acabou por recair sobre a primeira metade do corrente ano, retomando as maravilhas do género e adicionando-lhe um potencial até agora desconhecido. Partilhando a editora (a britânica Tempa records) de outros nomes ligados à ovação dubstep, como Skream e Kode9, Benga assume-se como uma nova frente, em puro avanço sobre os seus pares, de um estilo com tendência para a auto-destruição. Benga é um audaz mestre na manipulação de sons com origem no grime/dub/breakbeat misturando-o na perfeição com o jazz/rave synths/electrónica em dimensão e melodia, num trabalho, que explora as profundezas do digital, praticamente todo ele instrumental, que é ao mesmo tempo abstracto mas gentil, indomável, subtil, corajoso, inovador, criativo,mas acima de tudo brilhante! Burial marcou 2007, Benga marcará 2008!
p.s-album do ano
Em 2006, Burial lançava o seu homónimo pela Hyperdub, e marcava drasticamente um novo fôlego do, outrora, gasto e pardo dubstep, rodeando-se de imediato por crentes devotos e deslumbrados pela sua obra (inclusive a minha persona). Paralelo a muita gente passava ao mesmo tempo o trabalho do britânico Skream (Oliver Jones), que aos 21 anos de idade, como o seu companheiro Benga, largava uma nova vida, plena de variedade, sobre o dubstep. Poucos foram os atentos, pouca foi a atenção sobre o mesmo, mas talvez isso tenha ajudado a tornar este Lp em algo muito peculiar, especial, e marcante. Skream junta aqui ao género, e em câmara lenta, manchas de reagge com sabor a Jamaica, R&B, dub, ska, soul, jazz, dance beats, num âmago que sabe, cheira, e tresanda a Inglaterra underground; tendo a ajuda e companhia de alguns Mcs em certas faixas. Skream tem um particular gosto por bandas sonoras, e isso sente-te aqui, e pela instrumentação gotejante (com flautas, palmas, arpeggios, entre outros requintes) dotando a sua música de diversos, e com diversos, eixos sonoros. Ao contrário de Burial, Skream obtava pela luminosidade e simpatia de um género(o dubstep) predominantemente cavernoso e frio, dando um peito e um sorriso a este Frankenstein. Dois anos volvidos continua a suar a futuro, e em contínua rotação, aguardando-se novidades do menino, prodígio, Oliver Jones.
p.s-album do ano (2006 e 2008 para os desatentos)
L.E.S Artistes #8
ANTONY MICALEFF
Anthony Micallef moved away from strict portraiture preferring to combine his exquisite draughtsmanship with a dark and passionate exploration of colour and contemporary expressionism as a means of dissecting what he sees as the frivolities of pop culture. He says; “The trouble with pop imagery is that it doesn’t really go deeper than the surface, you have to drag it down and challenge it to make it interesting. When you put two contrasting images together it causes friction and that is the bit I’m interested in.” In the present work, the dark, Bacon-esque smears to the face conjure unlooked for associations when combined with the delicately alluring roses, the juxtaposition revealing at once the saccharine seduction of colourful pop imagery and consumerism alongside its dark and troubling underbelly.
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Breves#1-Kompakt (Past&Future)
Past-Gas
Nah und Fern
Kompakt, 2008
Breves Notas: Wolfgang Voigt, além de mentor do projecto Gas, é co-fundador e gestor da Kompakt, bem como pai biológico de diversos artistas que hoje são aclamados, assim como The Field, e os impulsionadores da música ambient com intuição aguçada. Além disto é o homem que deu ao IDM (Inteligent Dance Music) o seu verdadeiro termo.Neste trabalho, é-nos oferecida uma reunião dos 4lps editados (quatro horas de música!) sujeitos a novo tratamento e produção, mas mantendo a sua essência e purismo absolutos, dos seus registos Gas (1996), Zauberberg (1997), Königsforst (1999), e Pop (2000), aqui emparelhados . Este é o som denso e intenso, entre a luz e a escuridão, que enche cada fissura, que ocupa todo o vazio, feito de minúcias e micro delícias. Uma experiência religioso, num trabalho intemporal!
ADA(Arte&Design&Arquitectura)#4
Mobiliário Lunatic Construcion
Massimiliano e Fuskas Aeroporto
Mobiliário W
Cadeira Bamboo
Brand New Videos 2008
BI:Gym, Jogs, Obstacle
Muscles: "The Lake", from Guns Babes Lemonade, 2008
BI:Night, Swiming, Run
Bands Names#2
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Proposta Incandescente#13
Brand New Videos 2008
BI:Nature, Canadian wildlife, Sea
Paavoharju: "kirkonväki", from Laulu Laakson Kukista, 2008
BI:Strange, Spooky, Dark stuff