Benga
Diary of an Afro Warrior
Tempa, 2008
Aos 21 anos, o prodígio Inglês Benga (Beni Adejumo), já anda dentro da cena dubstep desde o início da sua efervescência, à coisa de 5 anos atrás, sendo amigo próximo doutro cavalo de batalha do mesmo género, Skream! Contudo, e ao contrário do companheiro, tem sabido esperar pela oportunidade (preferindo nos últimos tempos as quatro paredes do estúdio), e acalmia do histerismo em volta do dubstep, para lançar, em redor de imensa expectativa, o seu primeiro trabalho. A escolha do mesmo acabou por recair sobre a primeira metade do corrente ano, retomando as maravilhas do género e adicionando-lhe um potencial até agora desconhecido. Partilhando a editora (a britânica Tempa records) de outros nomes ligados à ovação dubstep, como Skream e Kode9, Benga assume-se como uma nova frente, em puro avanço sobre os seus pares, de um estilo com tendência para a auto-destruição. Benga é um audaz mestre na manipulação de sons com origem no grime/dub/breakbeat misturando-o na perfeição com o jazz/rave synths/electrónica em dimensão e melodia, num trabalho, que explora as profundezas do digital, praticamente todo ele instrumental, que é ao mesmo tempo abstracto mas gentil, indomável, subtil, corajoso, inovador, criativo,mas acima de tudo brilhante! Burial marcou 2007, Benga marcará 2008!
p.s-album do ano
Skream
Skream!
Tempa, 2006
Em 2006, Burial lançava o seu homónimo pela Hyperdub, e marcava drasticamente um novo fôlego do, outrora, gasto e pardo dubstep, rodeando-se de imediato por crentes devotos e deslumbrados pela sua obra (inclusive a minha persona). Paralelo a muita gente passava ao mesmo tempo o trabalho do britânico Skream (Oliver Jones), que aos 21 anos de idade, como o seu companheiro Benga, largava uma nova vida, plena de variedade, sobre o dubstep. Poucos foram os atentos, pouca foi a atenção sobre o mesmo, mas talvez isso tenha ajudado a tornar este Lp em algo muito peculiar, especial, e marcante. Skream junta aqui ao género, e em câmara lenta, manchas de reagge com sabor a Jamaica, R&B, dub, ska, soul, jazz, dance beats, num âmago que sabe, cheira, e tresanda a Inglaterra underground; tendo a ajuda e companhia de alguns Mcs em certas faixas. Skream tem um particular gosto por bandas sonoras, e isso sente-te aqui, e pela instrumentação gotejante (com flautas, palmas, arpeggios, entre outros requintes) dotando a sua música de diversos, e com diversos, eixos sonoros. Ao contrário de Burial, Skream obtava pela luminosidade e simpatia de um género(o dubstep) predominantemente cavernoso e frio, dando um peito e um sorriso a este Frankenstein. Dois anos volvidos continua a suar a futuro, e em contínua rotação, aguardando-se novidades do menino, prodígio, Oliver Jones.
p.s-album do ano (2006 e 2008 para os desatentos)
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