quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Sigur Ros 2003


Os islandeses Sigur Ros estiveram ontem novamente entre nós, no Campo Pequeno (essa pista de sangue), e eu...não estive lá!
Tive o prazer de assistir aos Sigur Ros, quando estes ainda eram parcialmente desconhecidos, no dia 1 de Março de 2003, no Coliseu dos Recreios, com a primeira parte a cargo do excelente Album Leaf, e como foi uma experiência única não tenho vontade de desiludir o meu âmago, por isso sempre que o quarteto volta ao nosso território prefiro avivar memórias antigas e preservar a lembrança de algo único e inesquecível. Na altura em que os vi e senti, ecoavam as suas duas obras primas, Ágætis Byrjun e ( ), antes do mundo os reconhecer como embaixadores dos icebergues de algodão, e antes da banda entrar numa fadiga sonora e se prender na sua própria teia. O último trabalho da banda, Med Sud I Eyrum Vid Spilum Endalaust, só agora teve permissão para entrar no meu leitor, para não me deixar contaminar pelo alvoroço aquando sua saída, à alguns meses atrás, e é impossível não me apaixonar over and over and over again, mesmo que o encantamento e o deslubramento imediato não sejam os mesmos; mas é contra natura repetir a experiência de descobrir, sem pistas e não corrompido, algo como Ágætis Byrjun, em 1999 numa Valentim de Carvalho e nuns auscultadores já sem esponjas, e dar origem à mais bela epifania...isso é irrepetível!
Continuo a acumular a discografia destes quatro gigantes de gelo, mas não ouso que me violem e adulterem a viagem que fiz, sem bilhete de regresso, em 2003. Paciência...provavelmente sou eu quem fica a perder...mas sou mesmo menina... de tranças e lollipops enfiados nos ouvidos.

Continuem a voltar...que eu continuo a recuar...
Ágætis Byrjun

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