O sueco Kleerup, que já teve direito a constar na rúbrica proposta incandescente sendo aí examinado à lupa, é um produtor exímio que gosta de se rodear de mulheres, entre as quais as maravilhosas Robyn e Lykke Li, enquanto dá azo e fulgor à sua electrónica apaixonante. Kleerup apesar de ostentar um aspecto quiçá intimidador, não faz mal a uma lombriga, e a sua música nada tem de ameaçador ou negativo, obtando por uma abordagem fria, mas íntima, nostálgica, mas corrente, que me levam a recuar no tempo e avivar memórias de quando gravava êxitos delicodoces com batidas celestiais, no meu walkman ("mete para a frente", "rebobina", "mete para trás", "rebobina") de serviço, algures em 1996. As lembranças que reedita são do passado, mas as ferramentas que Kleerup utiliza são do presente, num trabalho delicado, nórdico mas vibrante, com pormenores deliciosos que lembram cisnes de gelo.
Aqui fica "Until We Bleed" com a companhia de Lykke Li:
2024 / 10 filmes [3]
Há 7 horas
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