Fun Fun with Brain Brain

Nem sempre é possível conciliar a arte de debitar beats, rodar botões, e tocar instrumentos electrónicos com a propagação cerebral, e o aumentar do quociente de inteligência, sendo difícil estabelecer o perfeito equilíbrio entre o físico e o mental, sem descambar numa destas zonas; mas este ano e através dos Larytta e dos Starfucker assistimos a um trabalho de laboratório dentro de uma discoteca agitada antes de abrir.

Os Larytta surgem da Suiça e vêm provar que nem só de relógios pontuais, ruas polidas por germofóbicos, e contas bancárias exacerbadas e refundidas, vive este país estrategicamente localizado na Europa. O duo Suiço é composto pelos produtores Guy Meldem e Christian Pahud, e o seu primeiro longa duração surge sob o nome de Difficult Fun, pela Creaked records. Os Larytta propagam paletas de sons, beats e samples, originando um electro pop (com momentos rock) com cordão umbilical a África, mas de inspiração Europeia, próxima e rente aos laivos de criatividade de uns The Chap. Difficult Fun é um trabalho inspirado, diverso, original, divertido e epidémico.



Os Starfucker já rodaram por aqui, e têm sido mantidos debaixo dos ouvidos, ora não viessem de Portland, esse vulcão em actividade que já nos trouxe nomes como Yacht, Talkdemonic, M Ward, Menomena, Shins, Modest Mouse, entre tantos outros. Os Starfucker foram formados em 2007 por Josh Hodges, Ryan Biornstad, e Shawn Glassford, e logo chamaram à atenção vencendo alguns prémios locais e tocando um pouco por todo o lado, alcançando a editora Badman. Um ano depois da formação e os Starfucker já apresentam um longa duração de excelência, homónimo, que combina indie pop e rock, com samples e beats, blips e bleeps, distorção, disposições vocais, e electrónica colorida e em detonação criando um resultado final jovial, eclético, fascinante, e brilhantemente imperfeito. Os Starfucker jogam próximo de uns Hot Chip e Yatch, e são tão saborosos quanto estes.