Como é que é malta da fanfarra. Depois de um GRANDE fim de semana no Porto, onde imperaram o álbum "In Ghost Colours" de Cut Copy, a boa disposição, a companhia de uma grande amiga nortenha, as francezinhas, a boa música, muita Sagres Bohemia (sim, existe Sagres Bohemia no Porto, não é apenas um mito urbano), uma viagem de táxi tresloucada, uma potencial ida ao La Movida (cheio de divorciadas descomprometidas) e ao Maré Alta ( Cheio de meias de leite e torradas), e um hipotético pequeno almoço ás 7h00, estou de volta para falar mais uma vez sobre a sétima arte.
Desta vez vamos dar um saltinho até á Ásia, mais concretamente a Hong Kong. Na década de 80 e princípios de 90, o cinema de acção foi revolucionado por um senhor chamado John Woo. Este cineasta mostrou ao mundo uma nova maneira de filmar acção, mais violenta e mais brutal, onde os festivais de balas pareciam autênticos bailados e onde os criminosos eram vistos como anti heróis românticos com um código de honra muito próprio. Entretanto este senhor mudou-se para os States, onde continuou a realizar filmes de acção, que na minha opinião são bastantes inferiores ao seu trabalho mais antigo. Johnny To de certo modo preencheu o vazio deixado por John Woo, mas não foi o suficiente e de certo modo pensou-se que este tipo de cinema tinha morrido. Em 2005 o realizador Wilson Yip e o actor Donnie Yen colaboraram pela primeira vez num filme chamado S.P.L. mostrando que o cinema de acção de Hong Kong ainda tinha cartas para dar. Em 2006, colaboraram pela segunda vez num filme chamado Dragon Tiger Gate, e em 2007 fizeram o filme Flashpoint. Ora bem, é sobre este filme que vou aqui opinar um pouco. Esta película foi um regresso ao universo de S.P.L. cheio de criminosos perigosos e polícias duros de roer. Donnie Yen é o nosso herói de serviço, um polícia com uma filosofia muito directa, que prefere bater primeiro e perguntar depois. O seu último caso consiste no desmantelamento de uma rede de contrabandistas liderada por três irmãos vietnamitas, e para tal infiltra o seu parceiro neste grupo de bandalhos. A premissa deste filme é extremamente simples e bastante típica, mas serve bem de pano de fundo para a acção filmada. Donnie Yen (que aqui desempenha a tarefa dupla de actor e coreógrafo das cenas de acção), sempre nos habituou ás suas coreografias elaboradas e inovadoras, utilizando neste filme o sistema MMA (Mixed Martial Arts) que está muito na moda. Mas é preciso esperar pois este não é daqueles filmes em que há acção e porrada do inicio ao fim. E garanto-vos, vale a pena a espera. O senhor Yen transpira carisma e sabe que é bom no que faz, sendo a luta final prova viva disso. São 8 minutos de porrada, do melhor que já se viu nos últimos tempos, entre Donnie Yen e o actor Collin Chou (o Seraph da saga Matrix). Estes dois artistas destapam um leque de movimentos provenientes de variados sistemas de artes marciais, tais como o Ju Jitsu, o Muay Thai ou o Boxe, criando um confronto físico bastante feroz e brutal.
Resumindo, Flashpoint é um filme policial bastante sólido, com um bom grupo de actores e uma belíssima fotografia, que prima principalmente pela acção que contém, relembrando a época dourada do cinema de acção de Hong Kong.
Fica aqui então o trailer deste filme. Divirtam-se e até á próxima.
2024 / 10 filmes [3]
Há 7 horas
2 comentários:
irra...nunca tinha visto um trailer com tanta porrada em tão curto espaço de tempo...até fiquei ofegante (se tivesse asma tinha gasto uma recarga!). os filmes made in hong kong são uma viagem de carrocel a alta velocidade, sem o dispositivo de segurança.deste "Dou fo sin" nunca tinha ouvido falar, mas pelo que vi nestes breves instantes deve ser daqueles filmes em que após o visionamento apetece ir tocar à campainha do vizinho do 3ºesq e desancá-lo em porrada da grossa...sem a mesma eficiência dos actores...e com graves consequências na vida social do condomínio...
mas pronto...aprovado...venha lá mais chispalhada!
É verdade, este trailer realmente é bastante carregado de acção, mas por incrível que pareça este filme só tem 4 cenas de acção. Mas vale bem a pena ver o destapamento de fruta.
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