Laulu Laakson Kukista soa a isto: "imaginem que deixam o ancestral gravador de cassetes (herança de família), com uma cassete já sujeita a gravação cinquenta vezes (com celebrações religiosas, bandas sonoras de David Lynch, cantos tradicionais, e ruído de rádio em AM) em REC, durante uma noite numa encantada e densa floresta da Finlândia habitada por rochedos e grutas falantes, fadas, duendes, corvos, anciões, e outros místicos seres...entre os quais um mastodonte com asas". No dia seguinte regressam e o que lá vem dentro são os caóticos, imperfeitos, obtusos, mas estranha e brutalmente belos, Paavoharju. A sua obra e criação não é para todos os dotados de duas orelhas; não é obviamente acessível, correcta, ou identificável, mas o somatório de toda a bizarra magia dos Paavoharju é algo de fascinante, puro, primitivo, belo e à mercê, ou seja, um hecatombe de sentimento.
Milhares de artistas tendem a olhar para trás, e para outras décadas e raízes, para criarem música, mas estes Finlandeses, e parte do catálogo da Fonal, olha em frente, desprendendo-se de vícios do passado, para conceberem música no real termo da palavra, com seis sentidos activos.
É esta a obra-prima de 2008, para mim, um ser estranho com dentes no cérebro.
Duas preciosidades:
Sem comentários:
Enviar um comentário