quinta-feira, 8 de maio de 2008

Darlings

Vampire Weekend
Vampire Weekend
XL, 2008
Ezra Koenig, Chris Baio, Rostam Batmanglij e Chris Tomson, nova iorquinhos, formaram a banda (extraindo o nome de um filme) nos princípios de 2006, enquanto estudavam na Columbia University, começando logo aí, no seu respectivo local de ensino, a dar concertos em livrarias, corredores, quartos e festas diversas. Foi desta forma que a palavra se começou a espalhar, e o nome Vampire Weekend começou a atingir anormais picos de curiosidade, até ser apanhado pela rede da estimada XL recordings, lançando de imediato um EP, The Mandard Roof, que ainda estimulou mais o inquieto apetite que por eles já abundantemente flutuava. A expectativa por um longa-duração era imoderada, e toda a gente (pelo menos as dotadas de percepção auditiva) aguardava por mais mistura de indie rock gracioso, afro-pop ilustrado, new wave, e melodias e ritmos infecciosos. Todo este buzz e hype culmina, ou melhor, começa agora (com pés de betão) com o seu album homónimo, pronto a evidenciar que os rumores tinham suporte, que a promessa afinal tem uma densidade impermeável, e que o início do ano daria de caras com um candidato a melhor de 2008, sem votos em branco. Tudo aqui é lacónico, preciso, concentrado, refrescante, urgente, cintilante e ardente, de gestos velozes e certeiros, trabalhado de uma forma meticulosa e peculiar, que apela ao empolgamento súbito (mental e corporal-corporal e mental). A estes miúdos, negros não negros, já lhes podem dar os canudos, louvai, louvai...Love-aiai (suspiro)...




Video: A-Punk



Sambassadeur
Migration
Labrador,2008
Foi no Outono de 2003 que Joachim Lackberg, Anna Persson, Daniel Permbo e Daniel Tolergard, oriundos da Suécia, deram início à sua doçura ePOPesca, sendo a labrador records (casa de artistas como Radio Dept., Club 8, Mary Onettes, Edson, entre outros) o seu habitat ideal para o ínicio desta encantadora aventura. Como bons Suecos que são, e indo buscar influências a Magnetic Fields, Belle&Sebastian, The Go-Betweens, escavam no gelo de 1980, no seu pulsar electrónico, e retiram dele sonhos amachucados, risonhos dramas, romances adormecidos, memorável melancolia, e renovada nostalgia. Envolvendo lustrosos acordes, metódica percursão, rosada orquestração, e delicados adornos, no aéreo e inocente fôlego de Anna Persson é criada uma obra (a sua segunda) de sucinta sintonia. Gentis texturas, em recortes confidentes, recordam tristezas afins, mas também esperança, numa gentileza activa que cativa a cada decibel. Para deixar entranhar longe do sol...


Single: Final Say

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