Pluramon, ou melhor Marcus Schmickler, é o filho bastardo de um amigável cruzamento entre os My Bloody Valentine e David Lynch, criando muralhas de som, embebidas em shoegaze, dreampop, jazz, IDM, noise, e electrónicas, na doce companhia de Julee Cruise. No ano de 2003 assistimos de pé à explosão da sua obra dourada e apaixonante, Dreams Top Rock (nome que define na perfeição o tipo de sonoridade praticada por Marcus), que deixou marcas que ainda povoam certos sonhos. Depois de assentar a poeira e o ruído não voltámos a ouvir falar dos Pluramon, até que no ano passado voltaram às viagens utópicas com o lp The Monstrous Surplus (5º album da banda), uma vez mais com o selo da Karaoke Kalk, que só agora tive o privilégio de saborear. É curioso escutar este novo trabalho dos Pluramon após o encantamento que foi o novo registo dos M83,Saturdays=Youth, porque existem diversos elos de ligação entre eles, o rasgo, a fantasia, as vozes angelicais, o assolo sonoro, apesar de Pluramon dar preferência aos intrumentos (nomeadamente as guitarras), ao invés de Anthony Gonzalez, que prefere os botões e a maquinaria afinada. The Monstrous Surplus foi, e continua a ser (dada a data de saída), um pré Saturdays=Youth, mas mais adulto e menos adolescente, recheado de vozes que desarmam(Julee Cruise, Julia Hummer, e Jutta Koether), distorção, melodia e melancolia cristalina. Este monstro não assusta, mas encanta até doer.
Aqui fica uma amostra:
Aqui fica uma amostra:
Sem comentários:
Enviar um comentário