Agora ao post propriamente dito. Decidi abrir aqui no estabelecimento uma nova rubrica sobre filmes em que a música impera. Ocorreu-me esta ideia devido ao facto de ontem me ter apetecido rever o filme de que irei hoje aqui falar. E comecei a pensar nesta ligação extremamente importante entre o áudio e o visual, e nos filmes onde isto é bastante visível.
High Fidelity é só um dos meus filmes favoritos de sempre, com um dos meus actores favoritos, também de sempre. Estou-me a referir claro ao estupendo John Cusack. Depois de ter vindo do Sudoeste e de ter revisto o filme pela centésima vez (acreditem que não estou a abusar), comecei a pensar na importância que a música tem nas nossas vidas e como este filme o demonstra de forma exímia.
Top Five qualities that make High Fidelity a good movie:
1. It hits all the laugh bases, from grins to guffaws. Cusack and his Chicago friends -- D.V. DeVincentis and Steve Pink -- have rewritten Scott Rosenberg's script to catch Hornby's spirit without losing the sick comic twists they gave 1997's Grosse Pointe Blank.
2. The music kicks ass and keeps on kicking. Rob floods his store with sounds, from the Clash to Beta Band, from his gargantuan collection of LPs.
3. The women are definite hotties, starting with Hjejle. Lili Taylor, Lisa Bonet, Joelle Carter and Natasha Gregson Wagner make vivid impressions. And get a load of Catherine Zeta-Jones as the killer babe who leaves Rob for a megadork, hilariously caricatured by Cusack's real-life pal Tim Robbins. The priceless Joan Cusack, John's sister, contributes a scene-stealing cameo.
4. Stephen Frears directs. Excellent choice - he's a Brit who knows how to navigate the sexual byways of England (My Beautiful Laundrette) and America (The Grifters, in which Cusack starred).
5. All the pieces hang together. You can't say that about many movies.
Top Five MVPs in High Fidelity:
1. Cusack. He's note-perfect as this obsessive commitmentphobe. You can practically see him fire up while searching his memory for his desert-island, all-time, Top Five split-ups and the songs that went with them. Think "I Hate You (But Call Me)," by the Monks.
2. Jack Black. He spins comic bile as Barry, the loudmouth who works in Rob's store and insults any ass-muncher customer who doesn't share his musical taste.
3. Todd Louiso. He's a sweet joy as Dick, the shy-guy clerk.
4. Hjejle. The Danish actress anchors the film in emotional reality.
5. Hornby. No Nick, no movie.
Mais que um filme sobre música, é um filme sobre relações humanas e o que custa mantê-las e fazê-las resultar. Rob Gordon é um trintão com poucas ambições, dono de uma loja de discos que foi largado pela namorada, o que o faz pensar nas suas relações passadas e porque é que está destinado a ser largado pelas mulheres com quem se relaciona. Mas em vez de colocar as questões dolorosas, ele prefere estar na palheta e criar listas imaginárias sobre música com os seus empregados. Um burlesco e snob Jack Black e o timido Todd Louiso. As cenas que se passam na loja de discos com os clientes são extremamente divertidas e surreais, mostrando o elitismo destas três personagens devido á sua extensa cultura musical. High Fidelity oferece-nos uma abundância de músicas pop conhecidas e algumas não tão conhecidas, numa recheada e extremamente ocupada banda sonora. E há ainda uma bela discussão sobre o filme Evil Dead 2. BRILHANTE!!
Eu podia dizer muito mais sobre este filme e estar horas a escrever sobre ele, mas isso nunca iria descrever o que sinto quando o vejo. É simplesmente lendário...
Deixo então aqui para a despedida uma das cenas mais tresloucadas e cómicas desta obra.
Beijinhos, abraços e muitos palhaços
2 comentários:
É de facto um grande filme... Absolutamente genial. Agora experimentem vê-lo com os pés encharcados em Sumol Laranja. Divinal! Uma pérola; o cheiro do sumol, a sede provocada pelas pipocas e o "shwock" "shwock" dos pés no Sumol, aliados a um filme de fazer rir até doer os costados, mas também de fazer pensar qual a essência humana;(...) Em boa hora o nosso amigo Tiago Carvalho ganhou os bilhetes e me convidou para ir com ele. Valeu a pena, só não valeu entornar um copo de litro de Sumol Laranja. Mas também de que nos iriamos rir cada vez que falássemos do «Alta Fidelidade»?
Pedro Lagareiro aka Radiografia
conversasdealgibeira.blogspot.com
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Isto é muito pouco democrático! Ou será que este blog cohabita numa era tecnológica prévia a Abril de1974. A castração ideológica pratica-se aqui...
Pedro Lagareiro aka Radiografia
conversasdealgibeira.blogspot.com
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