Russian Futurists
Let's Get Ready to Crumble
Upper Class; 2003
Mathew Adam Hart, é o Canadiano solitário que se esconde por detrás do projecto Russian Futurists, que desde 2001 lança empoeiradas jóias musicais, esfoladas na solidão de um quarto, e em redor de um gravador de cassetes audio quase já sem Rec. O percurso de Hart iniciou-se em 2001, com The Method of Modern Love, mas foi em 2003 que atingiu a perfeição, e captou a atenção de uns tantos, em busca de uma sonoridade dissemelhante, feita de cumplicidade e excentricidade. Hart junta, neste registo, punhados de indie pop fragmentada, bubblegum&bedroom pop, junk-synth pop, electro, lo-fi hip hop, bandas-sonoras de filmes lamechas de 1980, cassetes audio com mais fita fora que dentro, num som anómalo e desgrenhado, mas doce e cândido. Magnetic Fields, Flaming Lips, Postal Service, The Shins, são os mestres que pairam sobre este trabalho, mas a mestria, originalidade e engenho de Mathew Hart é aqui soberana.
Em 2005 lançou Our Thickness, apresentando os mesmos vícios e perfis, mas já sem a originalidade e embate anterior, ficando então para a história este Let's Get Ready To Crumble, com apenas 10 faixas e 27 minutos de duração,feito e produzido por menos de 100 dólares, mostrando que com escassos meios também se fazem grandes épicos, desafiantes e cheios de visão.
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