THESE NEW PURITANS- Beat Pyramid, Domino 2008
Rage With the Machines:
Os Birtânicos "outsiders" These New Puritans, já andavam a deixar migalhas filosóficas desde o ano passado, e a abrir o apetite para o que viria a ser este Beat Pyramid. A consagrada editora, Domino Records, é que não perdeu tempo em lhes abrir a porta e as janelas, e os levar para sua casa, o que já era demonstrativo da sua capacidade latente. E, para agrado próprio, não se enganaram, uma vez que estamos perante uma energia ímpar cravada nas 16 faixas (algumas delas efémeros e transitórios objectos instrumentais estrategicamente colocados) que compõem o seu longa duração de estreia. Comparados a The Fall, Wire, Liars, Clinic, Gang of Four,New Order, Joy Division, Klaxons, e até Bloc Party (mas apenas no tipo de combustível utilizado) entre outros, These new Puritans são todos estes rostos e mais alguns, mas com uma intelectualidade muito própria e evidente. Agarrando no Post-Punk, no New Wave, no Rock experimental, no Hip Hop, no dubstep, bem como nos vazios que existem entre estes estilos, os TNP manobram sons, texturas electrónicas, e lyrics monstruosos criando um misto de mistério e paranóia pura. Cada faixa é um portento, em agilidade, insistência, velocidade, ritmo, desenvoltura e dimensão, que se auto-destroi rapidamente (a maioria das faixas não ultrapassa os 3 minutos de duração). Sharp...Sharp...Sharp...Single: Elvis
THE MAE-SHI-hlllyh, Moshi Moshi Records 2008
Happy With the MachinesPor favor começar pela faixa 8, Kingdom Come, 11m:37s de tudo o que os Mae Shi são na actualidade e que exprimem, perdidamente, neste seu registo; nesta faixa apenas fazem Zip a tudo o que o Lp derrama, condensando aqui o que muita boa banda não consegue em 10 faixas completas, 10 albums anexos, e 10 anos de carreiras, um compêndio perfeito! Estes 6 gatunos (sem contar com os amigos de serviço, também eles gatunos), nem sempre foram tão "simpáticos e aprazíveis" como se ostentam agora, os seus Records anteriores eram mais anarquistas, turbulentos, desorganizados e ruidosos , parece que neste caso a metadona fez-lhes bem. HLLLYH (título desarranjado e indecifrável), é, como a cover art denuncia, multicolor, mas as trinchas aqui aplicadas não são para pintar, são para agitar involutariamente, espécie controlador de tráfico aéreo com excesso de cafeína. Aqui junta-se a fúria de uns Blood Brothers à afeição de uns Animal collective, a programação de um Yamaha às memórias de um Nintendo, o Spazz-core ao Pop, o delírio à melodia, a voz(disfuncional) ao estrondo. A experimentação aqui é muita, a bizarria aqui é muita, a originalidade aqui é muita, a satisfação aqui é tremenda! Uma das melhores brochuras de 2008 (digo eu!).
Single: Run to Your Grave
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